quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"Retrofit"

Interessante a matéria, Fechando um ciclo,  de autoria de Rubens de Almeida e Thomaz Assumpção, escrita para Urban Systems Brasil , da qual pincei estes tópicos:
 
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Nessas condições culturais, o mercado tornou-se extremamente extrativista, ou seja, preocupado muito mais com as oportunidades de ocupar novos terrenos e sobre eles colocar o máximo de VGV possível, do que reconhecer, valorizar e atualizar imóveis cuja construção, arquitetura e modelo de ocupação perderam o viço, a preferência das pessoas e das empresas e, como conseqüência, seu valor de mercado.
 
Ainda que seus edifícios estejam em locais supervalorizados e apresentem solidez suficiente para serem atualizados em termos estéticos, de acabamento e recuperados para novos usos, o fato é que chegaram ao final de seu ciclo de ocupação completamente desgastados e com pouco fôlego financeiro para recuperação. Vistos simplesmente como imóveis e não investimentos produtivos e renováveis, alguns deles aguardam na fila para serem leiloados por preços incompatíveis com o valor que já alcançaram em outras épocas.
 
 
 
 

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

As músicas da novela Pantanal

Embalados pela reapresentação da novela, a Universal relança o cd O melhor do Pantanal.
 
Nota maior ao maestro Marcus Viana, que compôs a Suíte Pantanal, de grande impacto épico-sonoro.
 
 

domingo, 23 de novembro de 2008

Eta FHC !

Puxando o cordão do quanto pior melhor. Seria bom ele ficar quietinho para não atrapalhar o Serra.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

No Tuca

"Somos da crise. Se ela vier, cultura para quem quiser"  Zé Celso Martinez no Tuca por ocasião da reunião que discutiu na 4a-feira passada, financiamento às atividades culturais.

Palavra de Lampeão

Em 04 de junho de 1928, Lampeão o Jaguar Bravio do Sertão, dá entrevista a A Noite.

Um acidente

A mídia descobriu que um acidente é uma sucessão de erros.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Conversa Afiada, sumiu!

Alguém sabe dizer o porquê do sumiço do site do Paulo Henrique Amorim?

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

STEDILE: LULA ABANDONOU REFORMA AGRÁRIA

O lider do MST, fala da crise financeira e reforma agrária.
 
Ler : Vi o Mundo do Luiz Carlos Azenha
 

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Custeio do Memorial

Porque não buscar recursos junto a imprensa escrita, falada e televisiva, para custear o memorial projetado por Ruy Ohtake?
 
 

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Que tristeza.

DE SANCTIS AFASTADO; PROTÓGENES PRESO; DANTAS SOLTO; VIVA O BRASIL !
 
Parece mentira mas é verdade: ler mais: http://www.paulohenriqueamorim.com.br/forum/Post.aspx?id=886

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A greve continua. E agora Zé?

Antes da eleição, a rádio plural que não pende para nenhum lado, através de seu estarrecido locutor, dizia que a greve da Poícia era de cunho político-partidário, manipulada por dirigentes sindicais, meramente para atacar o governador Serra e seu candidato Kassab.
Bom - terminou a eleição. A greve não.
E agora Zé Paulo?

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Aníbal

Vejam só - o deputado José Aníbal, líder do PSDB, não sei de qual, disse que o ministro Mantega tem uma posição errática em relação à crise.
Tenho que concordar que de posição errática o deputado entende bem!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Família vende.

Ontem, ao tomar conhecimento que o Grupo Votorantim havia vendido duas empresas de biotecnologia, voltadas para a pesquisa agrícola, para a multinacional Monsanto, fiquei angustiado.  A Votorantim, empresa da família Ermírio de Moraes, era um de meus ícones de brasilidade.
Hoje, na reportagem do Estadão (Caderno Negócios/B17), o ministro da Ciência e Tecnologia Sergio Rezende se disse "surpreso e decepcionado", como todos nós que pensam em um Brasil independente, notadamente nesta área. E mais, o país financiou através do Finep as duas empresas, Alellyx e Canavialis, agora vendidas ao grupo estrangeiro.
 
 

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Herói americano. Pois, não!

McCain se orgulha do fato de ter sido preso no Vietnã, e  torturado pelos comunistas. Virou herói.
Pergunto: e os comunistas que abateram o McCain, que com seu avião massacrava o povo vietnamita,  despejando toneladas de bombas sobre suas cabeças. São o que?
 
O Arnaldo Jabor, com quem quase nunca me afino; hoje no Estadao - Caderno 2, fez uma matéria supimpa sobre Obama e o "heróico" veterano de guerra. Hoje guardarei a folha D12.
 
 
Eu que já torcia pelos índios, já sei quem não é herói.

De novo as críticas ao Executivo

Por que os Ministro Gilmar Mendes, não se candidata em 2010 ao cargo de deputado ou senador, para poder legislar? ou a presidente!!!

Mais uma bajulada na mídia

Praça Vitor Civita.
Essa foi do prefeito.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Ponto de Vista

Tássia, recém-chegada de Moçambique, me enviou uma cronica escrita por Mia Couto, escritor moçambicano, tirada do seu liivro "Cronicando" escrito na década de 80. Após guerras, revoluções e anos de opressão, bem humorado escreveu:

 

 

A RUA DE PERNAS PRO AR

 

E foi o enormíssimo estrondo. No bairro, todos se inquietaram. Seria a guerra, ali chegada pé ante pé? Seriam morteiros, mortíferos? No estremunho dos lençóis fazia-se conta à morte.

 

Juvenal se levantou da cama, encandeou o escuro. A mulher, logo em reparos: ele que deixasse o mundo, ninguém lhe convidaria.

 

_ Não vês que há uma situação, mulher?

 

Ela insistia: nem situação não era. Quando muito aquilo seria um sonho, desses. Dona Evalinda costurava o marido ao seu medo. A escuridão, hoje em noite, é muito mortal. Mas, o Juvenal nem com isso. A esposa desfolhava o lençol em convite matreiro, lhe prometendo o mais quentinho da cama. Não, ele tinha que ir. Mesmo já cursara os treinos quase militares, desses destinados aos directores. A esposa riu desdenhosa. O Juvenal, com aquela vasta barriga, chumbara logo nos exercícios de placar. A pança charruava, em agrícolas funções.

 

_Tenho que ir ver o que se passa.

 

Evalinda lhe denunciou aquele esboço de valentia. A coragem dele era como os chifres do caracol: só saiam da boca para fora. Mas já Juvenal abrira a porta e rumara os passeios.

 

Na estrada lhe surgiu, extraordinário, o motivo do estrondo: um camião militar cambalhotado! As rodas ainda giravam bêbadas. Juvenal deu a volta ao veículo gigante, apreciando o insólito. Parecia um bicho verde-escuro nascido de um grande projecto, uma tartaruga prospectiva-indicativa.  Olhou em volta: aquele acidente não tinha aparência. Não havia outra viatura, não havia desses postes do passeio que muito atrapalham a circulação nas estradas.

 

Juvenal espiou a cabina. O condutor, de cabeça para baixo, ainda remanescia ao volante. Parecia alheio à inversão da paisagem. Estivesse ele morto, suspeitou o residente. Fosse o motorista um mortorista. Mas a farda dele não transparecia mancha de sangue. Juvenal bateu no vidro, chamando a atenção do descondutor. Era um tipo de dimensões, a condizer com o camiãozarrão. Tão grande ele era que o uniforme figurava mais ser um unidisforme.

 

O homem se incomodou, desperto pelos toques na vidraça. Fingiu travar, rodou o volante como se ainda conduzisse. Que era? Como ousara aquele pedestre interromper a sua viagem? O pobre Juvenal logo começou de desculpar-se, tal era a verdade daquele motorista, posto em máxima dignidade, mesmo se de cabeça para baixo. O sinistrado entoou ameaças:

 

_ Não vês que somos um cortejo?

 

_ Um cortejo, pois claro, admitiu logo o Juvenal.

 

O senhor me seja doador de perdões, foi a minha esposa que me mandou ver o barulho.

 

_ Que barulho?

 

Pois, qual barulho? Ilusão da mulher, a Evalinda, ela devia de estar a ouvir as suas próprias mexas-mexas. Porque aquela noite, tão tranqüilinha, só oferecia silêncios. Juvenal rastejava submissionário.

 

_ Olha, ali está ela, de roupão. Vai para dentro, Evalinda, vai que aqui está cheio de cacimbo.

E sorriu-se para o condutor às avessas. Confessou: por momentos, acreditara que aquele camião se tivesse virado. Não, calma. Não estou a dizer que está. O que se passa, afinal é que a rua está de pernas para o ar. Aconteceu.

 

_Estou pedir guardar o camião.

 

Juvenal se admirou: de onde vinha aquela voz tão miúda? Olhou, era um moluwenw. O menino vestia-se de rasgões. _ Vai-te daqui, miúdo, suca, não incomoda o cortejo! Vai antes que apanhes.

 

_ Esse é seu filho? – perguntou-se o acidentado.

 

Meu filho? Juvenal se indignou: será que tenho cara de calamitoso? Eu não sou um qualquer, espreite ali a minha fachada residencial, veja a garagem, aquele EME-ele-esse , novinho em página?

 

_Patrão, estou a pedir guardar o camião.

O motorista, então, saiu do camião. Deu uma cambalhota no ar, sacudiu os ombros, alisou a farda. Juvenal tentou uma simpatia:

 

_ Já o sangue lhe descia na cabeça?

 

O outro nem ouviu. Inspecionava os vizinhos que, agora, se concentravam no passeio. Falou, com voz patenteada: então vocês não se envergonhavam, numa altura dessas, em véspera do Congresso, apresentarem uma rua virada ao contrário? Cabisbaixinhos, os moradores se condoíam.

 

_ E agora, por punição, vocês todos vão meter esse camião de cabeça para baixo.

 

O Juvenal, predispronto, incitou a multidão a ser participassiva.

 

_Vamos gente. Vamos endireitar o camião.

 

Endireitar, não, rectificou o motorista. Virar, conforme a alteração da rua. E todos, homens e mulheres, se aplicaram a revirar o gigante de ferro. Concluída a obra, o motorista se meteu no veiculo e acelerou fumos. O camião se fez ao escuro.

 

Os vizinhos, emudecidos, trocavam muito espanto. Nunca ali se juntou tanto sentimentos. Os mais velhos suspiravam: pudessem eles repreender a vida! Foi então que, sobre o silêncio, se fez ouvir o esganiço do menino:

 

_Patrões, estou pedir guardar a rua.

Donos da Mídia

NASCE UMA FERRAMENTA PODEROSA A FAVOR DA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
Por Leandro Uchoas, da redação, 31.10.2008

Ler mais: http://www.fazendomedia.com/2008/diaadia20081031.htm